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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

# TEXTOS / POESIAS

Última atualização em: Junho/2018
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PROF. VANDERLEY - MATEMÁTICA
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. (Cora Coralina)


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Enquanto houver um louco, um poeta e um amante, haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança. (William Shakespeare)

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente." (Clarice Lispector)

Um matemático que não é também um pouco poeta nunca será um matemático completo. (Karl Weierstrass)

“Poesia: Texto que expressa nosso sentimento, nossa alma, nosso coração!” (Prof. Vanderley AC)

Minha poesia sobre a beleza matemática de uma linda mulher...

BELEZA MATEMÁTICA
(Prof. Vanderley AC – 23/01/2012)

Vejo em você a beleza da matemática,
A beleza matemática da natureza,
Da simplicidade de um ser humano.
Infinita beleza, perfeita simetria.

Ser humano especial, de beleza incomparável.
Gigantesca humildade, simplicidade, ternura,
Carisma, simpatia, delicadeza.

Olhar tímido e sedutor,
Sorriso de menina,
Encantadora mulher.

Probabilidade quase nula,
Encontrar a mulher mais bela.
Sonho que surgiu do vazio, do nada,
Que me faz um adolescente pensando na amada.

Duas retas paralelas.
Assim como elas estarei sempre ao seu lado.
Te acompanhando eternamente,
Rumo ao infinito.

Tenho por você
Imenso respeito,
Carinho, admiração,
Que jamais senti por nenhuma outra mulher.

Te esquecer...
Ao lado de n mulheres, tentei.
Foi em vão.
Não consegui.
Impossível resolver esta equação.

Meu sonho...
Ter você ao meu lado,
Como amiga, mulher,
Amante, companheira.

Te fazer feliz,
Assim como me sinto feliz
Quando você está ao meu lado.

Como duas retas concorrentes,
Um dia, com certeza,
Num ponto em comum de nossas vidas,
Iremos nos encontrar.

Mulher da minha vida.
Te desejo,
Te espero.

Impossível encontrar número infinitamente grande
Que consiga expressar a sua beleza.
Linda mulher!

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MATEMÁTICA ALÉM DOS NÚMEROS
(Prof. Vanderley AC – 09/12/2013)

Matemática é linguagem,
Matemática é ciência,
Matemática é arte,
Matemática é vida.

Matemática da natureza,
Matemática além dos números e operações,
Matemática das formas e espaço,
Matemática das grandezas e medidas,
Matemática do tratamento de informações.

Matemática da escola, do trabalho, do botequim,
De todo lugar e momento.
Sempre a resolver os problemas da humanidade,
Dar respostas e sentido às nossas vidas.

Matemática com abordagem histórica e significativa.
Matemática dos brancos, índios, negros, asiáticos,
Matemática de todas as raças, cores e etnias.

Matemática do cotidiano,
Que compara, classifica, quantifica, mede, explica.
Matemática de linguagem universal.
Minha, sua e de todas as culturas,
Matemática eterna e de todas as gerações.

Matemática que nos desenvolve raciocínio lógico,
Matemática que nos desenvolve o cálculo mental.
Matemática das técnicas de resolução de problemas,
Matemática que nos faz refletir e pensar no abstrato.

Obrigado por nos ajudar a compreender e mudar para melhor nossas vidas,
Obrigado por ajudar a mudar para melhor o mundo em que vivemos!

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SONHO MATEMÁTICO
(Prof. Vanderley AC – 17/02/2015)

Acordei...
Abro os meus olhos e vejo um mundo matemático.
Um mundo cercado por números, formas, medidas, proporções.

Vejo pontos, retas, planos,
Curvas, ângulos, inclinações...
Quantas formas e dimensões.

Que mundo fantástico!
Real? Não sei.
Será mesmo que eu estou acordado?

Quanta beleza matemática a minha volta.
Será tudo fruto de um lindo sonho?
Fruto da minha imaginação?

Este mundo é real.
Este mundo é matemático.
Maravilhoso por suas formas, dimensões, simetrias.

A matemática expressa pela natureza.
A matemática da vida!

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NA AULA DE MATEMÁTICA
(Chico Nery, 12/09/1984)

Quando olhas para mim…
Os números racionais ficam irracionais,
Os reais, imaginários
E os complexos ficam reflexos.

Quando olhas para mim…
O triângulo fica móvel,
O círculo, quadrado
E o quadrado fica reverso.

Quando olhas para mim…
Os conjuntos ficam sem elementos,
Os subconjuntos, maiores que os conjuntos
E o vazio desaparece.

Quando olhas para mim…
Os múltiplos ficam primos,
Os primos, irmãos
E todos os números ficam divisíveis.

Quando olhas para mim…
Os deltas ficam negativos,
As equações, sem raízes
E as funções sem domínio.

Quando olhas para mim…
As derivadas ficam sem limite,
Os gráficos, sem inflexão
E as tangentes nem se tocam.

Quando olhas para mim…
Os poliedros ficam sem faces,
O côncavo vira convexo
E o Teorema de Euler fica sem nexo.

Quando olhas para mim…
O sistema fica impossível,
A matriz, redonda
E o determinante se anula.

Quando olhas para mim…
O sinal fica sem som,
A aula sem professor
E o aluno bate com o dedo no meu ombro:
- Mestre, a aula acabou.

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AULA DE MATEMÁTICA
(Antonio Carlos Jobim & Marino Pinto, 1958)

Pra que dividir sem raciocinar
Na vida é sempre bom multiplicar
E por A mais B
Eu quero demonstrar
Que gosto imensamente de você
Por uma fração infinitesimal,
Você criou um caso de cálculo integral
E para resolver este problema
Eu tenho um teorema banal
Quando dois meios se encontram desaparece a fração
E se achamos a unidade
Está resolvida a questão
Prá finalizar, vamos recordar
Que menos por menos dá mais amor
Se vão as paralelas
Ao infinito se encontrar
Por que demoram tanto os corações a se integrar?
Se infinitamente, incomensuravelmente,
Eu estou perdidamente apaixonado por você.

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A MATEMÁTICA É UM DETERMINANTE EM SUA VIDA
(autor desconhecido)

Todos nós nascemos como resultado
De um sistema de equações.
Acredite mesmo,
Somos o par ordenado mais perfeito da natureza.
Carregamos características de nossos pais y, e de nossas mães x.
Eram milhões de espermatozoides pré-destinados ao óvulo.
Um espaço amostral quase infinito...
Mas você só está aqui hoje, porque era o melhor matemático de lá.
Pois você venceu uma extraordinária probabilidade.

Vivemos em função do tempo
Que nos é dado.
Existem vários tipos de pessoas,
Aquelas que encontram um grande amor e a ele são fiéis
Pela vida toda, são as "injetoras".
Para cada pessoa, existe uma outra correspondente.

Dizer que não se entende Matemática
É um absurdo, porque você é um exemplo matemático.
Não importa se não consegue resolver um logaritmo,
Importa o quanto você é capaz
De reconhecer conceitos matemáticos ao seu redor.

MA terialize seus sonhos e
TE nha coragem de expor sua
MA neira de encarar a realidade. Ame a
TI mesmo.
CA minhe sem medo de cair.

Aproveite porque o mundo é matemático.

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O Tempo – o banco da vida
(Nelson Freitas)

Imagine se você tivesse depositado na sua conta de Banco, todos os dias, o valor de R$ 86.400,00. Dinheiro que você teria que gastar durante o longo do dia, porque no final do dia sua conta seria zerada e no dia seguinte: Mais R$ 86.400,00 seriam depositados.

Todos nós somos clientes desse banco chamado tempo. Deus nos dá 86.400 segundos por dia para vivermos da melhor maneira possível. Amando. Aprendendo. Ensinando. Caindo. Levantando. Vivendo!

E para saber o valor de um ano você pergunta a um garoto que repetiu o ano. Para saber o valor de um mês você pergunta a uma mãe que teve uma criança prematura. De uma semana, o editor de um jornal semanal. De um dia, pergunte a pessoas que têm tarefas árduas nesse dia. Uma hora, pergunte ao casal de amantes que não veem a hora de se encontrar. Para saber o valor o valor de um minuto, a quem perdeu um avião. O valor de um segundo, quem conseguiu evitar um acidente de trânsito. Para saber o valor de um milésimo de segundo, pergunte para um atleta que ganhou medalha de prata na Olimpíada.

Por isso, não desperdice seu tempo ele é o seu bem mais precioso e é com ele que você vai compartilhar com as pessoas que você ama: seus filhos, suas esposas, seus maridos, suas mulheres, seus avós e a gente só se dá conta quando a gente perde... Dizendo: "Ah! Mas eu tinha tanto beijo para dar. Eu tinha tanto abraço...”

A gente tem que viver o agora. Não adianta a gente pensar que lá no futuro ou porque lá no Éden alguém fez algo errado, ou porque outro vem e coloca 200 bombas por que vai garantir 300 virgens para ele pegar quando morrer.

O importante mesmo é o agora, pois o ontem é história, o amanhã é mistério e o hoje é uma dádiva. Por isso é chamado de Presente de Deus!

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VIDA
(Charles Chaplin)

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, 
Já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger, 
Já dei risada quando não podia, 
Já fiz amigos eternos,
Já amei e fui amado, mas também já fui rejeitado,
Já gritei e pulei de tanta felicidade, 
Já vivi de amor e fiz juras eternas, mas “quebrei a cara” muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos, 
Já liguei só pra escutar uma voz, 
Já me apaixonei por um sorriso.
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade e...
...tive medo de perder alguém especial 
e acabei perdendo! Mas sobrevivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida... 
e você também não deveria passar.
Viva!!!
Bom mesmo é ir à luta com determinação, 
Abraçar a vida e viver com paixão,
Perder com classe e vencer com ousadia,
Porque o mundo pertence a quem se atreve 
e a vida é muito para ser insignificante. 

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A Matemática e os problemas da vida
Fonte: Mundo Jovem - um jornal de ideias - ano 50 - nº 432 - novembro/2012

“O ensino de Matemática costuma provocar dois pensamentos contraditórios, tanto por parte do professor como por parte do aluno: a constatação de que se trata de uma área de conhecimento importante e, ao mesmo tempo, a insatisfação diante dos resultados negativos, com muita frequência, em relação à sua aprendizagem.” (Gonçalo Coelho de Alencar)
A Matemática desempenha papel decisivo, pois permite resolver problemas da vida cotidiana. Ela tem muitas aplicações no mundo do trabalho e funciona como instrumento essencial para a construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. Do mesmo modo, interfere fortemente na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento e na agilização do raciocínio dedutivo do aluno.
Por outro lado, a insatisfação do aluno revela que há problemas a serem enfrentados, como a necessidade de reverter um ensino centrado em procedimentos mecânicos, desprovidos de significado para o aluno. Há urgência em reformular objetivos, rever conteúdos e buscar metodologias compatíveis com a formação que hoje a sociedade reclama.

Partir da vida
A Matemática tem suas raízes assentadas no solo da vida cotidiana e é fundamental para as conquistas tecnológicas. É usada para executar as operações elementares que a vida diária requer, para desenhar as plantas de edifícios, para calcular a resistência dos materiais que serão empregados em construções, para projetar os circuitos de TV e para lançar no espaço os modernos foguetes.
No dia a dia, filhos de camponeses fazem uma Matemática peculiar, ligada às necessidades reais. Durante o plantio, desenvolvem noções de geometria ao trabalho e dividir canteiros. Fazem estatísticas e cálculos ao contar e separar sementes. Finanças, ao estabelecer preços para produção. Lidam com volume e proporção ao estipular quantidade de adubo. Observam regularidades no crescimento e no formato das plantas. Tudo ao seu modo, com linguagem própria e pouca formalidade.
Na escola, esses jovens costumam levar um choque. A Matemática que lhes é imposta mais parece grego. Trata dos mesmos temas, mas despreza a informação que vem de casa. Tudo em nome do cumprimento de um currículo ultrapassado, abstrato. O resultado não poderia ser outro. O aluno cria aversão à disciplina, não vê utilidade nem importância no que é ensinado e, claro, vai mal.
Se alguém conhece esse fracasso, não se culpe e nem responsabilize o estudante. “O equívoco é do modelo, não das pessoas” afirma o professor Luiz Márcio Imenes, engenheiro civil, mestre em Educação Matemática e autor de livros didáticos. O principal equívoco é gastar 95% do tempo das aulas fazendo continhas. “O ensino deve estar voltado à resolução de problemas”, enfatiza.

Estudar Matemática é importante?
O estudo da Matemática dá ao aluno condições de interpretar situações cotidianas, permitindo que ele se insira no contexto sociocultural e no mercado de trabalho. Também desenvolve sua capacidade argumentar, fazer conjecturas e propor mudanças. Permite que o aluno, ao trabalhar com a resolução de problemas ligados à sua realidade, desenvolva a criatividade e a crítica, estimulando o espírito da investigação e da pesquisa, tornando-o mais autônomo e ousado.
Mesmo com um conhecimento superficial da Matemática, é possível reconhecer certos traços que a caracterizam: abstração, precisão, rigor lógico, caráter irrefutável de suas conclusões, bem como extenso campo de suas aplicações.
A Matemática faz parte da vida de todas as pessoas, mesmo nas experiências mais simples. Por exemplo, nos cálculos relativos a salários, pagamentos e consumo, e na organização de atividades como agricultura, indústria, comércio, tecnologia. A vitalidade da Matemática deve-se também ao fato de que, apesar de seu caráter abstrato, seus conceitos e resultados têm origem no mundo real e encontram muitas aplicações em outras ciências e em inúmeros aspectos práticos da vida diária.

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A IDADE DE SER FELIZ
(Mário Quintana)

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-los
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

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REFLEXÃO SOBRE AVALIAÇÃO
(Clarilza Prado de Sousa, PUC-SP)
Era uma vez...
Uma rainha que vivia em um grande castelo.
Ela tinha uma varinha mágica que fazia as pessoas bonitas ou feias, alegres ou tristes, vitoriosas ou fracassadas. Como todas as rainhas, ela também tinha um espelho mágico.
Um dia, querendo avaliar sua beleza, ela perguntou ao espelho:
- Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?
O espelho olhou bem para ela e respondeu:
- Minha rainha, os tempos estão mudados. Esta não é uma resposta assim tão simples. Hoje em dia para responder a sua pergunta eu preciso de alguns elementos mais claros.
Marieta, a rainha, não sabia o que dizer. Só lhe ocorreu perguntar:
- Como assim?
- Veja bem – respondeu o espelho. Em primeiro lugar eu preciso saber por que Vossa Majestade fez essa pergunta, ou seja, o que pretende fazer com a minha resposta. Pretende apenas levantar os dados sobre o seu ibope no castelo?
Pretende examinar seu nível de beleza, comparando-o com o de outras pessoas ou sua avaliação visa o desenvolvimento de sua própria beleza, sem nenhum critério externo? De toda forma é preciso ainda que Vossa Majestade me diga se pretende classificação de resultados.
E continuou o espelho:
- Além disso eu preciso que Vossa Majestade me diga em que bases devo fazer esta avaliação. Devo considerar o peso, a altura, a cor dos cabelos, o conjunto?
Quem devo consultar para fazer esta análise? Por exemplo: se consultar somente os moradores do castelo, vou ter uma resposta; por outro lado, se utilizar parâmetros nacionais, poderei obter uma outra resposta. Entre a turma da copa ou mesmo entre os anões, a Branca de Neve ganha estourado. Mas se perguntar aos seus conselheiros acho que minha rainha obterá o primeiro lugar.
Depois ainda tem o seguinte, continuou o espelho:
- Como vou fazer essa avaliação? Devo utilizar análises continuadas? Posso utilizar alguma prova para verificar o grau desta beleza? Utilizo a observação?
Finalmente concluiu o espelho: “– Será que estou sendo justo?”
Tantos são os pontos a considerar...

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A ESCOLA
(Paulo Freire)

Escola é...
o lugar onde se faz amigos
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém,
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se “amarrar nela”!
Ora, é lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
ser feliz.

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SER FELIZ...
Edson Marques do Livro Mude - 1. ed. - São Paulo: Original, 2005
Fernando Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 – Lisboa, 30 de Novembro de 1935)

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
Que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

(Fernando Pessoa)

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DECIDI TRIUNFAR…
(Walt Disney)

E assim…
Depois de muito esperar…
Num dia como outro qualquer…
Decidi triunfar.
Decidi não esperar as oportunidades…
E sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema…
Como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto…
Como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite…
Como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia…
Como uma nova forma de ser feliz.
Naquele dia, descobri que o meu único rival…
Não era mais que minhas próprias limitações.
E que enfrentá-las era a única e melhor forma de superá-las.
Naquele dia…
Descobri que eu não era o melhor…
E que talvez eu nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde.
Agora me importa simplesmente…
Saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima…
E, sim, deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo…
É poder chamar alguém de “amigo”.
Descobri que o amor…
É mais que um simples estado de enamoramento…
O amor é uma filosofia de vida.
Naquele dia…
Deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados…
E passei a ser uma tênue luz no presente.
Aprendi de que nada serve ser luz…
Se não iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia…
Decidi trocar tantas coisas…
Naquele dia…
Aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade.
E, desde aquele dia, já não durmo para descansar…
Simplesmente durmo para sonhar.

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NINGUÉM SE CRUZA POR ACASO
Pessoas entram na sua vida, por uma razão, por uma estação ou por uma vida inteira.
Quando perceber qual motivo é, você vai saber o que fazer com cada pessoa.
Quando alguém está em sua vida por uma razão…
…é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou.
Elas vêm para auxiliar em uma dificuldade, fornecer apoio e orientação, ajudar física, emocional ou espiritualmente.
Elas poderão parecer dádivas de Deus, e são!
Elas estão lá pela razão que você precisa que estejam lá.
Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim.
Às vezes, essas pessoas morrem. Às vezes, elas simplesmente se vão.
Às vezes, elas agem e te forçam a tomar uma posição.
O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas feito.
As suas orações foram atendidas.
E, agora, é tempo de ir.
Quando pessoas entram em nossas vidas por uma estação…
…é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender.
Elas trazem para você a experiência, a paz, ou fazem você rir.
Elas poderão ensinar algo que você nunca fez.
Elas, geralmente, dão uma quantidade enorme de prazer.
Acredite! É real!
Mas, somente, por uma estação.
Relacionamentos de uma vida inteira…
…ensinam lições para a vida inteira.
Coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida.
Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa e colocar o que você aprendeu em uso, em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida.
É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente.
Obrigado por ser parte da minha vida.
Pare aqui…
…e, simplesmente, sorria.
Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro.
Ame como se você nunca tivesse sido magoado.
Dance como se ninguém estivesse observando.
O maior risco da vida é não fazer nada.

“Texto – Internet – autor desconhecido”

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FIGURAS COMO O RAUL
(Max Gehringer)
Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente. Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal.
Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio.
Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho.
Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho – com tinta nanquim. Já o Raul nem dava palpite.
Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase.
Deu no que deu...
O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena – que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas. No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de "paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino".
E o Raul ali, na terceira fila só aplaudindo.
Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional.
Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos. E quem era o chefe do Pena? O Raul. E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito. O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação. Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava.
Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito.
Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa. Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite.
Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta. E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta. O Raul apoiava, direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.
Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul. E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável...
Ele entendia de gente.
Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos. E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima:
"Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo." (Samuel Butler)
Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas. Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert, e todo pintor comum, um gênio.
Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam Grandes.


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DE QUEM É A BOLA? 

- Adão e Eva:
No princípio do mundo, Adão e Eva cometeram a primeira falta para com Deus. E, em seguida, os homens passaram a atribuir os males do mundo – as doenças, as crises, os sofrimentos – somente à falta cometida no passado por Adão e Eva. “A bola”, o problema, era sempre atribuído apenas ao pecado de Adão e Eva. Acontece que as crises foram aumentando, o mundo mudando, o homem se conscientizando e concluindo que “a bola” não era de Adão e Eva e, jogou “a bola” para o governo...

- O Governo:
O governo passou a ser responsabilizado por todos os problemas, por todos os males que envolvem a humanidade. O povo passaria fome “por causa do governo”, A educação não iria bem “por causa do governo”. Tudo culpa “do governo”, tudo culpa de reis, de imperadores, de ditadores ou, “do presidente”. Jogaram “a bola” em suas mãos, responsabiliazando-os pelos pequenos e grandes problemas. Acontece que o povo percebeu que “a bola” não era do governo, mas do sistema. E, passaram “a bola” para o sistema...

- O Sistema:
Quem é esse tal “Sistema”? O que ele faz? Onde fica? Todas as famílias passaram a acusar o “sistema” como responsável pelos problemas. Responsabilizaram então, os pais e os educadores integrantes do “sistema” pelo elevado número de marginais adolescentes que surge nos grandes centros populacionais. Culpando o tal “sistema” por não tê-los educado e por eles não possuírem senso de família. O povo continuou a questionar: “De quem é a bola”? E, achou que “a bola” deveria ser passada mesmo para o pai e a mãe; mas, afinal, todo mundo tem pai e mãe...

- O Pai e a Mãe:
O pai e a mãe entraram em polêmica. O pai jogou “a bola” para a mãe, acusando-a como responsável pela educação dos filhos no lar. Se os filhos iriam mal, ele diria: “Você não para em casa, você não os acompanha; não cuida da saúde deles, só pensa em emancipação, quer ter até mais direitos que o homem e, até trabalha fora em dois horários. Essa família ficou mal. E, a mãe por sua vez, se sentindo injustiçada, jogou “a bola” para o pai, acusando-o por não estar presente no lar nos momentos cruciais da educação, dizendo-lhe: “Você é quem só tem tempo para o futebol e para a cervejinha no barzinho. Essa família ficou muito mal. Aconteceu que os dois, em crise, resolveram se unir e justificar seu erro de responsabilidade, jogando “a bola” para a escola...

- A Escola:
A escola recebeu os reflexos dos problemas familiares e sociais traduzidos em alunos mal alimentados, carentes afetivamente, com aprendizagem lenta, com dificuldades pessoais e socialmente desajustados. Mas a escola resolveu se isentar dessa desmesurada responsabilidade em educar e disse que o problema, “a bola”, deveria retornar ao pai e a mãe, ao sistema, ao governo; e, que ela, a escola, só deveria fazer aquilo que lhe compete, ou seja, transmitir os conteúdos da grade curricular. Acontece que “a bola” continuou solta. O mundo em decadência ética e moral, as crises aumentando de intensidade, a humanidade se violentando, as crianças cada dia mais desrespeitadas; todos se desesperando. E, a Terra que foi criada para ser um paraíso, passou a ser um mega campo de concentração na guerra do desamor. “A bola” continuou sendo jogada “para lá e para cá”. O “corpo fora”, se omitindo, se tornando alheio ao amor e à responsabilidade...
Portanto, agora, deixo com vocês, “A BOLA”.
A responsabilidade compete a cada um que a possui.

“A BOLA” É DE TODOS NÓS!!!

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MUDE
(Clarice Lispector)
Mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo de roupas.
Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no bosque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama… Depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de TV, compre outros jornais… Leia outros livros, viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo e jante mais tarde e vice-versa.
Escolha outro mercado… Outra marca de sabonete, outro creme dental… Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares. Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude. Lembre-se de que a vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Seja criativo. E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena.

Autora/Escritora: Clarice Lispector.
Nascida em Tchetchelnik – Ucrânia no dia 10/12/1920.
Morreu no Rio de Janeiro – Brasil no dia 09/12/1977.

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A FÁBULA DO PORCO-ESPINHO
Durante a Era Glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha:
Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da História
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e admirar suas qualidades.

“Texto – Internet – autor desconhecido” 


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ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO
Não há caminho novo. O que há de novo é o jeito de caminhar. Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, seja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples "obrigado" diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.
É a elegância do comportamento.

“Texto – Internet – autor desconhecido”

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ORAÇÃO DO PROFESSOR
Senhor! Deste-me a vocação de ensinar e de ser professor.
É meu compromisso educar, comunicar e espalhar sementes nas salas de aula da escola da vida.
Eu te agradeço pela missão que me confiaste e te ofereço os frutos de meu trabalho.
São grandes os desafios no mundo da educação, mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na trajetória para um mundo melhor.
Quero celebrar a formação de cada aprendiz na felicidade de ter aberto um longo caminho.
Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também o sofrimento que me fez crescer e evoluir.
Quero renovar cada dia a coragem de sempre recomeçar.
Senhor! Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador.
Dá-me paciência e humildade para servir, procurando compreender profundamente as pessoas que a mim confiaste.
Ilumina-me para exercer esta função com amor e carinho.
Obrigado, meu Deus, pelo dom da vida e por fazer de mim um educador hoje e sempre. Amém!

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CERTEZAS
(Mário Quintana)
Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível…
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém… e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena.


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Veja a genialidade da poetisa Clarice Lispector e a riqueza da língua portuguesa.
Não te amo mais.
Estarei mentindo se disser que
Ainda te quero como sempre quis..
Tenho certeza de que
Nada foi em vão.
Sei dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer nunca que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade:
É tarde demais…
Agora leia de baixo para cima. Pura arte… Pura genialidade.

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FELICIDADE REALISTA
(Mário Quintana)

A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num Spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de ­criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

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VOCAÇÃO
(Antônio Ermírio de Moraes)
Se você ainda não sabe qual é a sua verdadeira vocação, imagine a seguinte cena:
Você está olhando pela janela, não há nada de especial no céu, somente algumas nuvens aqui e ali. Aí chega alguém que também não tem nada para fazer e pergunta:
- Será que vai chover hoje?
Se você responder “com certeza”... a sua área é Vendas:
O pessoal de Vendas é o único que sempre tem certeza de tudo.
Se a resposta for “sei lá, estou pensando em outra coisa”... então a sua área é Marketing:
O pessoal de Marketing está sempre pensando no que os outros não estão pensando.
Se você responder “sim, há uma boa probabilidade”... você é da área de Engenharia:
O pessoal da Engenharia está sempre disposto a transformar o universo em números.
Se a resposta for “depende”... você nasceu para Recursos Humanos:
Uma área em que qualquer fato sempre estará na dependência de outros fatos.
Se você responder “ah, a meteorologia diz que não”... você é da área de Contabilidade:
O pessoal da Contabilidade sempre confia mais nos dados no que nos próprios olhos.
Se a resposta for “sei lá, mas por via das dúvidas eu trouxe um guarda-chuva”:
Então seu lugar é na área Financeira que deve estar sempre bem preparada para qualquer virada de tempo.
Agora, se você responder “não sei”...
Há uma boa chance de que você tenha uma carreira de sucesso e acabe chegando à diretoria da empresa.
De cada 100 pessoas, só uma tem a coragem de responder “não sei” quando não sabe.
Os outros 99 sempre acham que precisam ter uma resposta pronta, seja ela qual for para qualquer situação.
“Não sei” é sempre uma resposta que economiza o tempo de todo mundo, e pré-dispõe os envolvidos a conseguir dados mais concretos antes de tomar uma decisão.
Parece simples, mas responder “não sei” é uma das coisas mais difíceis de aprender na vida corporativa.
Por quê?
Eu sinceramente “não sei”. (Antônio Ermírio de Moraes – Revista Exame)


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VOCÊ TEM EXPERIÊNCIA?
Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam desenvolver uma resposta para a seguinte pergunta:
“Você tem experiência?”
A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado, contratado e seu texto está fazendo sucesso. Ele com certeza será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma.
REDAÇÃO VENCEDORA:
Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um “para sempre” pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: “Qual sua experiência?”.
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência. Será que ser “plantador de sorrisos” é uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: “Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?”

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O QUE AS ESCOLAS NÃO ENSINAM
Aqui estão alguns conselhos que Bill Gates ditou em uma conferência em uma escola secundária sobre 11 coisas que estudantes não aprenderiam na escola. Ele fala sobre como a “política educacional de vida fácil para as crianças” têm criado uma geração sem conceito da realidade, e como esta política têm levado as pessoas a falharem em suas vidas posteriores à escola. Muito conciso, todos esperavam que ele fosse fazer um discurso de uma hora ou mais... “BiII Gates falou por menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicóptero a jato...”.

Regra 1: A vida não é fácil - acostume-se com isso.

Regra 2: O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.

Regra 3: Você não ganhará R$ 20.000,00 por mês assim que sair da escola. Você não será vice­presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

Regra 4: Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.

Regra 5: Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.

Regra 6: Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.

Regra 7: Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagarem as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente nada na vida real. Se pisar na bola, está despedido... RUA !!! Faça certo da primeira vez!

Regra 9: A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

Regra 10: Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.

Regra 11: Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.

BiII Gates (dono da maior fortuna pessoal do mundo, e da Microsoft, a única empresa que enfrentou e venceu a Big Blue “IBM” desde sua fundação em meados de 1900...).


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A Verdadeira História de Papai Noel

Desde criança, sabemos que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus Cristo. Além dele, outra figura tem um papel especial nessa história. É um bom velhinho, de barba branca e coração generoso, que mora no Polo Norte e viaja o mundo inteiro para entregar presentes para as criancinhas comportadas. Mas afinal, quem é esse bom velhinho? De onde veio? Será que ele realmente existiu?

Bom, muitos já devem ter ouvido falar dessa história. Mas algumas pessoas desconhecem origem da tradição de presentear uns aos outros na véspera de Natal. Papai Noel, que na verdade chamava-se Nicolau, nasceu na cidade de Lícia, na província de Anatólia, uma das regiões da Ásia Menor (hoje Turquia), no ano 281, onde viveu do final do século III até o início do século IV.

Filho de pais ricos, Nicolau viajava muito e sempre teve em mente ajudar os mais necessitados por onde passava. Uma das histórias mais conhecidas sobre o bom velhinho é de um guerreiro do exército romano chamado Licondro. Arruinado financeiramente, vivia o drama de não saber como casar suas três filhas, pois não tinha como pagar os dotes. Dizia para todos que as prostituiria, por não ter como casá-las. Por esse motivo, Nicolau deixou um saco de moedas de ouro embaixo da janela da mais velha. Outra versão da história é a de que Nicolau teria atirado o saco de moedas pelas chaminés das casas e enchido de dinheiro as meias que foram colocadas para secar.

Nicolau se tornou bispo, quando o que morava na cidade de Mira morreu. Os anciões, por não conseguirem escolher um sucessor, optaram por colocar a decisão nas mãos de Deus. Dizem que naquela mesma noite, o mais velho do grupo teve um sonho onde o Senhor lhe dizia que o primeiro homem a entrar na igreja, na manhã seguinte, deveria ser o escolhido. Como era costume acordar cedo e ir a Igreja para rezar, Nicolau foi premiado pela profecia do sonho e se sagrou o bispo mais jovem da história de Mira.

Nicolau morreu no dia 06 de dezembro de 350. Foi canonizado e tornou-se um dos santos mais populares do cristianismo. Na Inglaterra existem mais de 400 igrejas com seu nome. São Nicolau é padroeiro das crianças e dos marinheiros. Diz a lenda que, antes de ser canonizado, Nicolau viajava muito. Em uma viagem com destino à Terra Santa, houve uma grande tempestade e todos estavam com muito medo. Nicolau pediu a Deus que a tempestade cessasse. Logo depois a calmaria voltou e os marujos atribuíram o acontecimento a um milagre de Nicolau.

Seja santo ou bom velhinho, o importante é que o verdadeiro objetivo do Natal é ajudar quem precisa. Além de presentearmos quem amamos, também devemos ajudar o próximo. Dar carinho a quem não tem. O Natal é o dia da solidariedade, da união, da confraternização e nenhum outro presente deve substituir isso.

“Texto – Internet – autor desconhecido”


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CORA CORALINA


Cora Coralina nasceu em 20 de agosto de 1889, na casa que pertencia à sua família há cerca de um século, e que se tornaria o museu que hoje reconta sua história. Filha do Desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e Jacita Luiza do Couto Brandão, Cora, ou Ana Lins dos Guimarães Peixoto (seu nome de batismo), cursou apenas as primeiras letras com mestra Silvina e já aos 14 anos escreveu seus primeiros contos e poemas. "Tragédia na Roça" foi seu primeiro conto publicado.
Em 1934 casou-se com o advogado Cantídio Tolentino Bretas e foi morar em Jabuticabal, interior de São Paulo, onde nasceram e foram criados seus seis filhos. Só voltou a viver em Goiás em 1956, mais de vinte anos depois de ficar viúva e já produzindo sua obra definitiva. O reencontro de Cora com a cidade e as histórias de sua formação alavancou seu espírito criativo.
Cora Coralina faleceu em Goiânia, a 10 de abril de 1985. Logo após sua morte, seus amigos e parentes uniram-se para criar a Casa de Coralina, que mantém um museu com objetos da escritora.


ANTIGUIDADES

Quando eu era menina
bem pequena,
em nossa casa,
certos dias da semana
se fazia um bolo,
assado na panela
com um testo de borralho em cima.
Era um bolo econômico,
como tudo, antigamente.
Pesado, grosso, pastoso.
(Por sinal que muito ruim.)
Eu era menina em crescimento.
Gulosa,
abria os olhos para aquele bolo
que me parecia tão bom
e tão gostoso.
A gente mandona lá de casa
cortava aquele bolo
com importância.
Com atenção. Seriamente.
Eu presente.
Com vontade de comer o bolo todo.
Era só olhos e boca e desejo
daquele bolo inteiro.
Minha irmã mais velha
governava. Regrava.
Me dava uma fatia,
tão fina, tão delgada...
E fatias iguais às outras manas.
E que ninguém pedisse mais !
E o bolo inteiro,
quase intangível,
se guardava bem guardado,
com cuidado,
num armário, alto, fechado,
impossível.
Era aquilo, uma coisa de respeito.
Não pra ser comido
assim, sem mais nem menos.
Destinava-se às visitas da noite,
certas ou imprevistas.
Detestadas da meninada.
Criança, no meu tempo de criança,
não valia mesmo nada.
A gente grande da casa
usava e abusava
de pretensos direitos
de educação.
Por dá-cá-aquela-palha,
ralhos e beliscão.
Palmatória e chineladas
não faltavam.
Quando não,
sentada no canto de castigo
fazendo trancinhas,
amarrando abrolhos.
"Tomando propósito".
Expressão muito corrente e pedagógica.
Aquela gente antiga,
passadiça, era assim:
severa, ralhadeira.
Não poupava as crianças.
Mas, as visitas...
- Valha-me Deus !...
As visitas...
Como eram queridas,
recebidas, estimadas,
conceituadas, agradadas !
Era gente superenjoada.
Solene, empertigada.
De velhas conversas
que davam sono.
Antiguidades...
Até os nomes, que não se percam:
D. Aninha com Seu Quinquim.
D. Milécia, sempre às voltas
com receitas de bolo, assuntos
de licores e pudins.
D. Benedita com sua filha Lili.
D. Benedita - alta, magrinha.
Lili - baixota, gordinha.
Puxava de uma perna e fazia crochê.
E, diziam dela línguas viperinas:
"- Lili é a bengala de D. Benedita".
Mestre Quina, D. Luisalves,
Saninha de Bili, Sá Mônica.
Gente do Cônego, Padre Pio.
D. Joaquina Amâncio...
Dessa então me lembro bem.
Era amiga do peito de minha bisavó.
Aparecia em nossa casa
quando o relógio dos frades
tinha já marcado 9 horas
e a corneta do quartel, tocado silêncio.
E só se ia quando o galo cantava.
O pessoal da casa,
como era de bom-tom,
se revezava fazendo sala.
Rendidos de sono, davam o fora.
No fim, só ficava mesmo, firme,
minha bisavó.
D. Joaquina era uma velha
grossa, rombuda, aparatosa.
Esquisita.
Demorona.
Cega de um olho.
Gostava de flores e de vestido novo.
Tinha seu dinheiro de contado.
Grossas contas de ouro
no pescoço.
Anéis pelos dedos.
Bichas nas orelhas.
Pitava na palha.
Cheirava rapé.
E era de Paracatu.
O sobrinho que a acompanhava,
enquanto a tia conversava
contando "causos" infindáveis,
dormia estirado
no banco da varanda.
Eu fazia força de ficar acordada
esperando a descida certa
do bolo
encerrado no armário alto.
E quando este aparecia,
vencida pelo sono já dormia.
E sonhava com o imenso armário
cheio de grandes bolos
ao meu alcance.
De manhã cedo
quando acordava,
estremunhada,
com a boca amarga,
- ai de mim -
via com tristeza,
sobre a mesa:
xícaras sujas de café,
pontas queimadas de cigarro.
O prato vazio, onde esteve o bolo,
e um cheiro enjoado de rapé.

Autora: Cora Coralina



NÃO SEI...
Não sei... se a vida é curta...
Não sei...
Não sei...
se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.

Autora: Cora Coralina



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A ÚNICA PESSOA
Uma empresa estava em situação difícil. As vendas iam mal, os trabalhadores estavam desmotivados e os balanços há meses não saiam do vermelho. Era preciso fazer algo para reverter o caos. Ninguém queria assumir nada. Pelo contrário, o pessoal apenas reclamava que as coisas andavam ruins e que não havia perspectiva de progresso na empresa. Eles achavam que alguém deveria tomar a iniciativa de mudar aquele processo.
Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um enorme cartaz onde estava escrito: “Faleceu ontem a pessoa que impedia o seu crescimento na empresa. Você está convidado para o velório no pátio da empresa.”
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas, depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório.
Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão a excitação aumentava.
“Quem será que estava atrapalhando o meu progresso? Ainda bem que esse infeliz morreu!”
Um a um, os funcionários agitados aproximavam-se do caixão, olhavam o defunto e engoliam em seco, ficando no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma.
O que havia no caixão?
Apenas um espelho...
Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: você mesmo.
Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida.
Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo.
É dentro do seu coração que você vai encontrar energia para ser o artista de sua criação. O resto são desculpas. Pense nisto.

“Texto – Internet – autor desconhecido”

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SER PROFESSOR...
(Paulo Freire)
Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor, que por não poder ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo. Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê. Não posso ser professor a favor simplesmente do Homem ou da Humanidade, frase de uma vaguidade demasiado contrastante com a concretude da prática educativa. Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza. Sou professor a favor da boniteza da minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser o testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa, mas não desiste.

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